[Nota Prévia: Em ocasiões anteriores, fiz o “balanço” dos últimos anos com recurso a fotos com canecas decoradas com as imagens dos trabalhos em que estive envolvido. Essas imagens podem ser vista em https://www.instagram.com/366ideias/ ]
Ao contrário de em anos passados, desta vez não há imagem com várias canecas diferentes a representar os trabalhos feitos nos últimos 12 meses. Porquê?
Qualquer que fosse o meu critério para a inclusão de canecas numa foto de “balanço”, nunca seria o adequado para caracterizar o meu 2022, que — e já dei muitas voltas à cabeça para tentar sintetizar isto de forma justa e mais bem educada do que esta — foi um ano absolutamente de merda com algumas coisas muito boas.
Por exemplo: não só, por um lado, fiz muito trabalho que não merecia o muito esforço que fiz questão de colocar, como, por outro, contribuí para a conquista de um prémio no trabalho mais… trabalhoso de todos os que fiz durante o ano (e, nesse sim, valeu a pena todo o pingo de esforço que coloquei); fiz coisas que me deixaram muito satisfeito e tive de fazer duríssimas opções que me deixaram extremamente frustrado e triste.
Porque é que escolhi, então, uma caneca em branco?
Bom, não representa 2022, mas sim 2023. Representa uma coisa simples: que o meu 2023 está em aberto, para o que der e vier. Algumas coisas que fiz e comecei em 2022 vão continuar, claro, mas o que vou ser, o que vou fazer, onde vou colocar o meu esforço e o meu trabalho… grande parte ainda está por definir. Duas coisas são certas: quero fazer parte de uma equipa e com o meu contributo ajudar a fazer mais e melhor — se for possível, claro; assim haja essa oportunidade —, e quero criar e fazer coisas em que acredito (o que parece muito simples, mas na verdade não é — de uma forma geral, os profissionais de Comunicação sabem isso).
Numa caneca em branco, tal como numa folha em branco, o futuro está por escrever.
